Quando ainda continuamos a procurar os ossos dos nossos familiares e quando ainda continuam as ruas do nosso país inçadas de simbologia fascista, eles que nunca se foram, que sempre estiveram aí pois ganharam a a guerra para além de dar o golpe, sacam mais peito do que nunca
Por Abraám Alonso Pinheiro / Condado Antifascista
A verdade é que impõe respeito pisar este lugar polo qual caminhei tantas vezes, num ato destas características. E se calhar é melhor assim pois a isso vimos: a apresentar os nossos respeitos a aqueles que caíram pela liberdade.
Aqui tive lugar o início da barbárie, do genocídio galego, da longa noite de pedra e nem uma triste placa lembra o acontecido. Só Vigo Antifascista colocou uma provisória o ano passado, no primeiro ano da comemoração do 85 aniversário desta efeméride.
Falar de Vigo Antifascista é falar do coletivo mãe de Condado Antifascista. Porque? Na nossa opinião porque Vigo Antifascista é um coletivo de ativismo antifascista. Atendendo as questões de memória, não se dedica só a essa tarefa. Achamos a memória antifascista como necessária e imprescindível. Quanta mais informação consigam do acontecido melhor. Mas não será hora de incorporar o antifascismo às nossas vidas e às nossas militâncias? Porque? Quando ainda continuamos a procurar os ossos dos nossos familiares e quando ainda continuam as ruas do nosso país inçadas de simbologia fascista, eles que nunca se foram, que sempre estiveram aí pois ganharam a a guerra para além de dar o golpe, sacam mais peito do que nunca.
Para contribuir desde Condado Antifascista à localização e retirada de simbologia fascista hoje mesmo lançamos a iniciativa MAPEA.
Dizia que o fascismo incha o peito mais do que nunca. A nível estatal com VOX, Lei Mordaça, falam impunemente em “matar veintiséis millones de hijos de puta», em que podemos acabar como Companys, aprovam o “ministério da verdade”…
A nível internacional e no meio de contradições impensáveis há pouco, se aqui podemos ver um alcaide do PSOE a cagar na memória de muitos que militaram sob essas mesmas siglas quando recorre uma sentencia de demolição da cruz do Castro ou aprova a ubicação em Teis dum «Jesús del sagrado corazón», fora do estado espanhol assistimos a um presidente judeu apoiado e a apoiar nazis.
É nesta contraditória realidade na que temos que agir. Ante as constantes crises do capitalismo, a fascistização é mais um recurso para nos dominar e explorar.
Devemos estar alerta, em guarda, em coordenação e contato. Aqueles que afirmavam quando o referendo na Catalunya por exemplo que a UE nao consentiria um golpe de estado, que vejam o que está a acontecer a só 2500km das fronteiras do estado espanhol a onde este mesmo estado envia armas para apoiar o bando no que combatem os nazis.
Amigas e camaradas: muita força, muita memória antifascista e muito e mais ativismo antifascista!! Obrigado.
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