Manifesto internacionalista contra a cimeira da OTAN

consideramos mais necessário que nunca renovar o compromisso de todas aquelas pessoas que, no conjunto do Estado, mantenhem com firmeza o seu NOM à barbárie do imperialismo.

Comunicado conjunto das seguintes entidades internacionalistas: Brigada Rubén Ruiz Ibarruri , Siriaren Alde, Comité Galego de Apoio ao Donbass e a Ucraína antifascista, Comité de apoyo al Donbass Madrid, Comité asturiano solidaridad RP Donbass, Frente Antiimperialista Internacionalista, Euskal Herria – Donbass Komitea

A Organizaçom do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) é a ferramenta dos EEUU para perpetuar os seus ataques contra as naçons soberanas que se negam a aceitar os diktados do imperialismo. É, por tanto, umha organizaçom de natureza terrorista ao serviço das elites, como demonstram os bombardeamentos contra a populaçom civil na Jugoslávia, Afeganistam, Iraque, Líbia, Síria, …

A OTAN é também umha estrutura empregada por Washington para manter aos seus «aliados» submetidos e subordinados aos seus próprios interesses, como demonstra a implicaçom das potências europeias em todas as guerras de agressom perpetuadas polos EEUU nos últimos anos.

A OTAN é, em definitiva, o braço armado do imperialismo contra a soberania dos povos, por isso é polo que subscitou o rejeitamento histórico das forças obreiras e progressistas do conjunto do Estado espanhol. Porém, a pesar da resistência oferecida, as bases militares estratégicas de Rota e Morón, assim como outros pontos logísticos e de aprovisionamento da organizaçom criminal despregados por todo o nosso território, som provas eloquentes da derrota sofrida.

A atual guerra na Ucrânia tem a sua origem no golpe de estado que os EEUU financiárom em 2014 e que levou ao poder os setores mais reacionários e nacionalistas da sociedade ucraniana. Falando claro, EEUU e a OTAN promovérom um golpe de estado fascista na Ucrânia, num momento no que a populaçom ucraniana se opunha à adesom à OTAN.

Fruto deste golpe de estado estalou umha guerra civil na Ucrânia quando umha parte do país se rebelou contra o governo provisório jurdido deste golpe fascista.

Ainda que inicialmente fôrom muitas as regions que se rebelárom, o exército ucraniano esmagou os protestos em todo o país salvo nas regions mineiras de Donetsk e Lugansk.

Desde entom, o exército ucraniano bombardeou constantemente estas regions, deixando um saldo de 14.000 mortos e um país completamente destruido.

Todo isto entrelaça-se com a estratégia dos EEUU de cercar Rússia, expandindo a estrutura militar da OTAN até as mesmas fronteiras do país eurasiático. A política cínica de “Portas Abertas” da OTAN constitui um perigo para terceiros países, já que abre a porta a perigosas carreiras armamentistas, máxime quando a mesma OTAN promove golpes de estado para que estes países franqueiem essas “portas”.

É a política de “Portas Abertas” defensiva como se pretende ou é umha política ofensiva? O escudo Aegis, consistente em estabelecer missis na Polónia e Romênia, que começou sob o mandato de Obama indica que nom é precisamente defensivo. A declaraçom feita em 2008 em Budapest, onde tratava a Ucrânia como um futuro membro da OTAN (violando a Constituçom ucraniana entom vigente), parece-se mais a um buraco preto absorvente que a umha porta aberta. A exigência incluida pola UE no Tratado de Lisboa aos candidatos para entrar na UE é algo que se asemelha mais a umha chantagem que a umha “porta aberta”.

A lei 227 do Senado estadounidense, de 2014, que autoriza a esse país para intervir na Ucrânia e a instalar míssis nos países vizinhos de Rússia é umha mostra de quem é quem “abre a porta”. A negaçom por parte da OTAN das demandas do 17 de dezembro de 2021, que pediam a retirada de míssis de rango intermédio de pontos onde podiam ser umha ameaça, e a renúncia à utilizaçom de terceiros países como umha plataforma ofensiva, non deixa dúvidas que estamos perante umha política ofensiva.

Nesse sentido, a finais de 2021, o governo monicreque da Ucrânia abria as portas à possibilidade de incorporar a Ucrânia na OTAN e de adquirir armamento nuclear. Perante isso, a OTAN declara en janeiro de 2022 o seu apoio total à nova doutrina ucraniana de recuperar Crimeia pola força, enterrando os acordos de Minsk. Frente a esta ameaça para a su segurança, em fevereiro Rússia lança umha operaçom militar co objetivo de destruir a capacidade militar ucraniana e forçá-la a adotar um status de neutralidade.

Por todo o devandito, consideramos mais necessário que nunca renovar o compromisso de todas aquelas pessoas que, no conjunto do Estado, mantenhem com firmeza o seu NOM à barbárie do imperialismo. É mais necessário que nunca reconstruir a solidariedade internacionalista e anti-imperialista no conjunto da Península, ferida de gravidade pola acometida reacionária das elites do sistema.

A cimeira da OTAN em Madrid, que terá lugar os próximos 29 e 30 de junho, decidirá o futuro da estratégia bélica do imperialismo, o que constitui un ataque direto contra as liberdades e a soberania das classes populares do Estado espanhol e do conjunto de Europa, por isso expressamos o noso absoluto rejeitamento.

Nom à OTAN! Nom ao imperialismo criminal dos EEUU!

6 de junho de 2022

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