Por Carlos Morais / Porta-voz Nacional de Agora Galiza-Unidade Popular
Moncho, Moncho Reboiras, José Ramom Reboiras Noia, ‘Ken Sabe’, ‘Licho’, ‘Pepe’, ‘Rianjo’, ‘Pelinhos’, sinfonia de nomes e alcumes, que conformam um todo de umha trajetória consagrada à causa da Independência e a Revoluçom Socialista.
MONCHO para todos aqueles que desde 1975 vemos neste jovem nascido em janeiro de 1950, na paróquia de Sam Joám de Lainho, um referente e um exemplo a seguir.
O seu popular nome está configurado por 6 letras e 5 vogais, que sintetizam a tática e o programa político, a estratégia, a combinaçom dialética dos métodos de luita, plenamente vigentes neste século XXI.
M de Movimento . Um amplo e poderoso movimento popular, presente em todas as luitas e reivindicaçons setoriais do povo trabalhador. Dotado de alternativas táticas, perfeitamente incardinadas no objetivo estratégico de derrubarmos o capitalismo, de conquistarmos a independência da nossa Pátria.
Um movimento poliédrico, que nom perda o norte, que nom se deixe arrastar polos modismos imperantes, habilmente promovidos polo inimigo, aparentemente atrativos, mas absolutamente inofensivos.
Movimento popular, configurado e representado por todas as fraçons do povo trabalhador galego, a imensa maioria social sem a qual nom é possível a mudança, no que a classe trabalhadora exerça a sua hegemonia como locomotiva e motor da nossa emancipaçom como classe e como povo.
O de Obreiro. Só a classe obreira tem potencialidades revolucionárias. Só a classe obreira possui capacidades para dirigir, para guiar, para empurrar o conjunto do povo trabalhador, à conquista do poder. Única forma possível que nos permita edificar umha nova sociedade alicerçada na justiça social e as plenas liberdades coletivas.
Frente o engano do cidadanismo, do ‘transversalismo’, da burla da pluralidade abstrata, do ‘gentismo’, da caricaturesca linguagem inclusiva, da promiscuidade ideológica, e todas as modas importadas das fatorias universitárias imperialistas, independência de classe.
O proletariado é o sujeito da luita para conquistar a Independência e a Pátria Socialista.
Objetivos que definem as razons pola que matárom, polas que faleceu em combate, 12 de agosto de 1975, o camarada Moncho Reboiras Noia.
N de Novo . A juventude da década de 70 do passado século, foi determinante na reorganizaçom do movimento de libertaçom nacional galego, foi peça chave na reconstruçom das ferramentas defensivas e ofensivas imprecindíveis para lavrar a vitória.
Moncho Reboiras é o paradigma dessa geraçom de jovens galegos que soubérom cumprir o rol que lhes correspondia.
Hoje, a juventude operária galega tem o dever e a necessidade histórica de contribuir ativamente à reconstruçom da esquerda revolucionária galega.
De fazé-lo com imaginaçom e criatividade, com coragem e audácia leninista, mas sempre sob os principios medulares da Independência e o Socialismo. Moncho é o nosso particular Che Guevara, a nossa contribuiçom nacional à insurgência global contra a barbárie da ditadura do Capital.
Moncho Reboiras é insumo, é fonte de inspiraçom e exemplo, para a juventude galega que nom se resigna a emigrar ou vender a sua força de trabalho como os novos escravos do século XXI .
Muito dele temos que apreender!
C de Comunista. Sim, Moncho Reboiras foi um Comunista galego em maiúsculas. Um marxista-leninista que aplicou dialeticamente às nossas particulares condiçons de país atrasado e periférico que padece umha opressom nacional de rasgos eminentemente coloniais, as achegas teórico-práticas dos fundamentos do marxismo.
Moncho Reboiras representa a continuidade do inconcluso projeto, e cada dia mais urgente objetivo de construçom do partido comunista galego com o que sonhava Benigno Álvarez em 1936.
Um partido obreiro, formado por obreiros, dirigido por obreiros, com programa genuinamente obreiro, com umha linha proletária de caráter insurrecional.
H de Honrado . Como militante e dirigente comunista de verdade, cabal e de firmes princípios, Moncho Reboiras, está situado nas antípodas da imensa maioria dos que hoje afirmam ser continuadores da sua luita e exemplo.
Comunista honesto, viviu para a luita e para a Revoluçom. Nom vivia por e para a política institucional.
A sua biografia militante é um exemplo de sacrifício e entrega, de compromisso altruista, afastada dos privilégios e dos fraudulentos discursos das diversas expressons das “esquerdinhas”, que hoje enchem a sua boca com retórica vazia e falsas promessas.
O de Organizaçom . É aqui onde radica o eixo central da linha política que diferença umha tática e estratégia revolucionária, das diversas estafas eleitoralistas que caraterizam o agir da prática totalidade das “esquerdinhas”, de todas essas falsas alternativas, das situadas na social-democrcia mais direitosa até as situadas na extrema esquerda social-democrata.
Sem umha classe obreira bem organizada, enquadrada em amplas estruturas de massas setoriais, mobilizada e em permanente combate ideológico, deslindado mediante umha praxe exemplar, nom é possível superar o longo ciclo reacionário no que estamos imersos, nem fazermos frente à ameaça terrorista do fascismo.
Sem reconstruirmos a esquerda revolucionária independentista e socialista galega, sob a fórmula organizativa de combinar Unidade Popular e partido comunista de vanguarda, seguiremos condenados à permanente derrota .
No coerente exemplo prático de Moncho Reboiras encontraremos muitas das soluçons aos desafios e reptos do presente.
Longe de idealizaçons pequeno-burguesas, de leituras fossilizadas e interpretaçons oportunistas, Moncho Reboiras é umha eficaz vacina aos vírus que mantenhem à classe obreira no amorfismo, é o melhor exemplo da rebeldia operária galega , a semente de vencer que nos acompanha na nossa militáncia, que nos ajuda a superar os contratempos e as dificuldades, que nos ilumina na oscuridade, que nos permite seguir sem desfalecer nem claudicar.
Camarada Moncho Reboiras, honra e glória!
Viva Galiza ceive!
Viva a Revoluçom Galega!
Pátria Socialista ou morte, venceremos!
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