O fascismo só se combate com unidade, firmeza e coragem
Polo Comunismo Revolucionario Galego | 9/06/2025
Estes dias as ruas de alguns dos bairros populares de Ourense som testemunha de um novo revival de «somatén» de tempos primorriveristas, e do acionar dos criminais ‘Caballeros de Santiago’ e ‘Centurias Negras’ promovidas polo fascismo na década seguinte.
Como naquela altura contam com o lumpem e juventude popular sem a mais mínima consciência, como mao de obra, promovidos e financiados por setores do pequeno comércio mais reacionário, empresariado ultra e a cobertura do fascismo enraizado no aparelho policial e mediático do Deep State.
A criaçom de “patrulhas vicinais” como soluçom aos problemas reais está a ser revivido em Ourense, com o assessoramento do neofalangista ‘Frente Obrero’ e os seus agitadores e sicários chegados e mantidos desde o poder em Madrid. Nom é casual tanta cobertura, rebúmbio mediático e fundos económicos para que este deleznável grupo de matons e escória espanholista poda sementar tam doadamente o discurso do terror e acirrar a discórdia entre a vizinhança dos bairros dos arrabaldos.
No noroeste de Ourense estám os três bairros mais empobrecidos da cidade. Covadonga, O Vinteum e “Santa Teresita” levam décadas abandonados polos diversos alcaldes e governos municipais. A sua grave degradaçom e depauperaçom semelha ser o caldo de cultivo onde aplicar o experimento fascista de confrontar a pobreza contra a miséria e exclussom social.
O ascenso do militarismo da OTAN, da ultradireita na Europa Ocidental e empoleiramento do nazifascismo na UE, vai da mao do auge do discurso demagógico da ‘lei e ordem’, como instrumento para envenenar, dividir e confrontar setores populares empobrecidos, para único proveito do Capital.
Assim vemos como nos bairros operários e populares se infiltram grupúsculos fascistas e parapoliciais, aproveitando a carência de futuro, a marginalidade vital, o abandono institucional, o desamparo, desesperaçom e medo perante o incremento dramático das piores consequências das desigualdades sociais que atingem a cada vez mais segmentos do povo trabalhador galego.
A estratégia do fascismo -destacamento de choque aqui e agora para implantar umha ditadura terrorista do Capital-, consiste em confrontar os moradores dos bairros, nativos contra migrantes, precarizados contra marginalizados, gerando artificiais soluçons à mocidade que nom pode pagar um alugueiro ofertando-lhe fazer de guardas gratuítos das propriedades imobiliárias que procuram bancos e fundos especuladores.
Aproveitam o natural medo à insegurança das ruas, incremento da delinquência, narcotráfico e drogadiçom, para que humildes famílias trabalhadoras com muitas dificultades para chegarem a fim de mês, alinhem contra pobres de pedir e simpaticem com a implantaçom de “patrulhas vicinais”, como mecanismo para erradicar o caos, o ambiente degradado e as misérias vitais quotidianas deste sistema em crise estrutural terminal que gera a ilusom de converter as suas vítimas em carrascos, e tentar que os de baixo sejamos partícipes do seu total derrube moral e dos seus planos de ódio para logo assegurar e perpetuar o seu saqueio.
Em Ourense assistimos a mais umha consequência da capitulaçom ideológica e abandono do trabalho de massas nos bairros pobres e humildes polas forças políticas e sociais nas últimas décadas.
O Comunismo Revolucionário Galego apela ao conjunto das organizaçons de classe e populares de Ourense, à esquerda real que nom foi cooptada polo circo confusionista do sistema, o eleitoralismo timorato, que mantém no seu acionar a defesa intransigente dos interesses objetivos da maioria trabalhadora por diante das modas woke, confrontar e oferecer um apoio real e de base à vizinhança que padece a degradaçom das ruas.
Devemos aplicar as ensinanças históricas de como o fascismo se foi instalando nos bairros populares e penetrando entre os setores mais empobrecidos da classe trabalhadora. Mas também como foi combatido.
É necessário intervir com decisom e coragem para desmascarar estes fascistas chegados da metrópole e oferecer verdadeiras alternativas e soluçons de choque à desesperaçom da vizinhança.
Nom chega com denunciar a precariedade vital, o abandono institucional, a crise habitacional por causa de fundos especuladores, a lacra da criminalidade, a existência dos infames narcopisos, é necessário identificar e explusar os caciques corruptos locais nas Associaçons Vizinais, os prestamistas e usureiros, as casas de apostas, todos aqueles elementos que confundem, extorsionam, envenenam, adividam e destróem a nossas gentes … e basicamente intervir no tecido social, com destaque entre a juventude.
Nom se pode calar, nem olhar para outro lado, deixar que o fáscio mediante os seus agentes provocadores a soldo das agendas repressivas do Capital globalista e belicista, se faga hegemónico nos bairros dos arrabaldos.
Devemos ativar entre todo o movimento popular de Ourense umha resposta unitária de caráter antifascista e anti-imperialista, pois é urgente a necessidade de esmagar a besta no seu ninho antes que o Capital em crise a poida soltar a eito contra da nossa classe, para outravolta encaminhar-nos posteriormente face umha massacre e genocídio.
Nom passarám!
A luita é o único caminho!
Na Pátria, 7 de junho de 2025 [Ano Moncho Reboiras]
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