A fiscalia da Audiência Nacional solicita 15 anos mais de prisom por um delito de estragos terroristas, que se somariam aos mais de 28 polos que Antom e Assum cumprem atualmente condena.
Por Ceivar
No próximo 15 de Outubro, @s ativistas da resistência galega Asunción Losada Camba e Antom Garcia Matos volverám-se enfrentar a um novo juízo na Audiência Nacional. Esse paradigma da podredume e corruçom judicial espanhola, que já condenou est@s guerrilheir@s a umha pena de 28 anos de cadeia, pretende agora atribuir-lhes a responsabilidade penal de todas as sabotagens armadas ocorridas no nosso país entre 2005 e 2014. Como -das dúzias de acçons armadas arredistas desenvolvidas nesse período- a única atribuída por sentença à resistência galega foi a destruiçom da Casa do Concelho de Baralha em 2014, Antom e Assum volverám ser julgad@s por esta acçom, pola já foi condenado e cumpriu condena o independentista Raul Agulheiro.
A fiscalia da Audiência Nacional solicita 15 anos mais de prisom por um delito de estragos terroristas, que se somariam aos mais de 28 polos que Antom e Assum cumprem atualmente condena. Ainda que o límite máximo de permanência na cadeia para ambos é agora mesmo de 20 anos, umha condena por este tipo delitivo poderia aumentar o seqüestro d@s guerrilheiros até os 25 anos, o que significa umha condena perpétua encuberta. Tal ensanhamento só se explica pola necessidade que tem Espanha de castigar com umha dureza inusitada o exemplo militante de Assum e de Antom:
Antom Garcia Matos é história viva do independentismo galego e da luita guerrilheira. Militante generoso da causa da Galiza desde a mocidade, conheceu a clandestinidade e a prisom primeiro como membro do EGPGC, e depois como ativista da resistência galega. Também tem sido, durante toda a sua vida, um incansável organizador, ideólogo e impulsor de quantos projetos coletivos ajudassem à defesa do nosso povo e do nosso território.
Asunción Losada Camba é umha dessas galegas nascidas na emigraçom, que quando voltou à sua terra nom demorou em incorporar-se às lutas sociais e nacionais que caracterizam o mais vivo do nosso povo. Para achegar a sua experiência e vontade de luita à resistência galega, passou à clandestinidade em 2006, sendo procurada e perseguida sem êxito durante 13 anos. Quando ela e Antom foram detidos, em 2019, contavam com um dos períodos de militância clandestina mais longos da história europeia recente.
Campanha de solidariedade
Ante a violência desproporcionada que o aparelho judicial espanhol volve dirigir contra @s militantes mais generos@s do nosso povo, de Ceivar iniciamos umha campanha de solidariedade e de denúncia de aqui ao 15 de Outubro. Parte central desta campanha será um documentário sobre a figura de ambos guerrilheir@s, que se irá projetando polos centros sociais de todo o país, para finalmente apresentar-se num ato nacional o dia 13 em Compostela. Estas som as datas e lugares de apresentaçom:
21 Setembro
CS A PEDREIRA 21h – PONTEVEDRA
26 Setembro
CS MÁDIA LEVA 20h – LUGO
28 Setembro
CS ARTÁBRIA 12h – FERROL
CS GOMES GAIOSO 18h – CORUNHA
3 Outubro
CS ALVARIÇA 20h – ALHARIZ
CS FUSCALHO 20:30h – GUARDA
5 Outubro
CS XEBRA 12:30h – BURELA
10 Outubro
CS A GALHEIRA 20h – OURENSE
11 Outubro
CS FAÍSCA 20:30h – VIGO
13 Outubro
CS O PICHEL 11:30h – COMPOSTELA
Quando Espanha pretende castigar de forma desmedida a quem leva toda a vida militando na defesa da Galiza -e o castigo é precisamente por isso-, é hora de que todas e todos os que amamos a nossa terra nos mobilicemos no seu apoio. Por isso chamamos a um esforço generoso de solidariedade popular durante as próximas semanas: assistindo aos atos de apresentaçom da campanha, colaborando com ela, e fazendo chegar a Antom e mais a Assum o carinho e a solidariedade do seu povo.
Em 1953, a ditadura de Batista condenou também a 15 anos de prisom ao revolucionário cubano Fidel Castro, como responsável do assalto a dous quarteis militares. Ante o tribunal que o ia sentenciar, Fidel afirmou: “nom importa que me condenem: a História absolverá-me”. Também nós estamos convencidas de que a Audiência Nacional tem a força, mas nunca a razom: as suas sentências condenam o compromisso, a dignidade e a valentia do nosso povo, mas a História absolverá aquelas e aqueles que dedicam as suas vidas à defesa da Galiza.
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